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25 de abril de 2010

Body Art - GINA PANE


Gina Pane (Biarritz, 1939 — Paris, 1990) foi uma artista italiana.
Estudou na Escola de Belas-Artes de Paris entre 1961 e 1966. Realizou a sua primeira exposição individual em 1966.
Artista ligada ao fenômeno da Performance Art, Gina Pane tornou-se, durante a década de 1970, um dos expoentes máximos da Body Art, para o que contribuiu o caráter fortemente mediático das suas apresentações. Tal como outros artistas desta tendência (como o francês Michel Journiac ou o suiço Urs Lüthi), Gina Pane utilizava sempre o corpo como material e suporte para a criação artística

Os seus atos, bastante extremados no sentido da auto-mutilação e do sofrimento, pretendiam acentuar o problema da violência da vida contemporânea na sua relação com a vulnerabilidade e com a própria passividade com que o indivíduo enfrenta estes temas. As suas encenações, de sentido masoquista, assentavam na impassividade com que a artista produzia os cortes e na capacidade de conter e teatralizar o próprio sofrimento e de esteticizar o disforme e a mutilação.
Na obra de Gina Pane o corpo ocupa todos os lugares. O corpo não é a sua arte, é a sua linguagem.


Gina Pane escolheu a denominação "acção" para os seus trabalhos, por considerar que o termo performance era demasiado demonstrativo e implicava uma certa teatralização. A sua obra toca correntes artísticas que se desenvolveram nas décadas de 60 e 70, nomeadamente a arte conceptual e a body art. Nestas décadas o corpo torna-se o centro de todos os debates, é investido ideologicamente, reclamado pelos movimentos feministas, objectificado pela arte.
Aproximando-se das orientações estéticas de outras artistas femininas, a obra de Gina Pane pretende abordar a relação entre os sexos, os tabus e os estereótipos e o problema da dominação masculina.



No início da década de 80, acreditando esgotadas as potencialidades comunicativas das ações corporais e concluídas as marcas que queria deixar impressas no corpo, a artista abandonou as performances públicas e dedica-se à produção de objetos escultóricos e de desenhos, de caráter minimalista, para os quais utiliza o metal, o vidro e a madeira.

Para Gina Pane a fotografia é um objeto sociológico. No seu trabalho, essencialmente de caráter perfomativo, utiliza a imagem fotográfica como suporte formal, que fará perdurar a ação realizada. As ações, raramente repetidas, eram registadas fotograficamente e ocasionalmente filmadas, sendo este registro rigorosamente controlado pela artista. As fotografias conferem realidade à ação passada, guiam o observador pela performance, condensam o discurso. Mesmo não sendo primordial na obra da artista, a fotografia não é de modo algum negligenciada, formando um "pós" no processo artístico, em que cada ação era estudada em story boards, realizada e registrada. Um processo completo, cujo núcleo eram as longas ações, que raramente duravam menos de 50 minutos.




Seu objetivo era provocar, através de seus atos, um profundo estado de desconforto na pessoa que está olhando, o espectador. Para isso ela introduzia em ações aparentemente familiares, um elemento de terror.

É este o carácter primitivo das performances de Gina Pane, dionisíaco, na medida em que parte dessas emoções em bruto e apela ao que há de primordial, e dai verdadeiro, no ser humano. Apela a essa linguagem comum, cujo meio não pode ser outro se não o corpo.




Para as turmas do 1º Ano, o questionamento está lançado e deverá ser entregue no dia 04 de maio.

1) Um dos maiores expoentes da arte da corporalidade (body art), qual a preocupação de Gina Pane em se fazer representar ou apresentar com sua arte?
2) Para atingir o objetivo de causar desconforto ao espectador, de que se utilizava a artista italiana?

EREM de Itaparica na Pré-história



EREM de Itaparica na Pré-história

É muito comum o trabalho de grafitagem nos muros e paredes de nossas cidades. Por que as pessoas grafitam? O que elas deixam registrado?
Todos conhecem a arte da grafitagem como uma arte contemporânea, que tem suas representações nos grandes centros urbanos. O que não sabem é que esta arte é tão primitiva quanto nosso ancestrais. Esta arte existe desde a Pré-história.
Os povos antigos, antes de conhecerem a escrita, já produziam obras de arte. Os homens pré-históricos faziam figuras em suas paredes, representando os animais  e pessoas da época, com cenas de caças e ritos religiosos. Faziam também esculturas em madeira, ossos e pedras.
As principais manifestações da pintura pré-histórica são encontradas no interior das cavernas, em paredes de pedra e a princípio retratavam cenas envolvendo principalmente animais, homens e mulheres e caçadas, existindo ainda a pintura de símbolos, com significado ainda desconhecido. No período neolítico a pintura é utilizada como elemento decorativo e retratando as cenas do cotidiano.
A pintura rupestre é um tipo de arte feita pelos homens pré-históricos, nas paredes das cavernas (não é grafitagem?). Como os homens pré-históricos não tinham um sistema de escrita desenvolvido utilizavam desenhos como forma de comunicação. As paredes das cavernas serviam como uma espécie de agenda, onde eram desenhadas algumas idéias e mensagens. E tudo isso era feito utilizando os elementos da natureza: extrato retirado de plantas, árvores e frutos, sangue de animais, carvão, rochas etc.
Os alunos do 1º Ano da EREM de Itaparica, experimentaram a sensação de preparar suas próprias tintas utilizando terra seca e peneirada, água e cola branca. Incorporando o espírito dos homens da pré-história, retraram cenas do seu cotidiano. O mural da escola se tornou um cenário da pré-história. Parabéns turmas. O resultado foi excelente.